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sábado, 12 de outubro de 2013

O bom senso da chupeta

Eu iria escrever um post explicando os argumentos pelos quais eu era (e ainda sou) extremamente contra o uso da chupeta. Mas não posso mais falar de carteirinha, com toda autoridade de quem vivencia na prática a renúncia. Eu acabei cedendo... Mas acho que este recurso é na verdade mais necessário aos pais do que aos bebês (em inglês, chama-se pacifier – pacificador)
Quando a Abeille nasceu, teve gente que chegou a adentrar o quarto da maternidade perguntando onde estava a chupeta que tinha comprado para esta criança. Como se choro de criança se calasse com chupeta. Acho uma barbárie. Quando a Abeille chorava, eu dava peito. Dava colo, dava banho, trocava fralda, passeava. Tinha um sem número de afazeres para acalmá-la na hora do choro. Chupeta, não!
Quando ela completou quatro meses, as mamadas começaram a espaçar. O choro, muitas vezes era irritação dos dentes ou manha, para não ficar sozinha. Eu continuo achando que poderia ter solucionado estas questões sem a chupetinha... Acontece que eu moro longe de toda a família. Não tenho babá, nem creche, só o marido que trabalha. Eu precisava ter um tempo maior para mim. Para escrever no blog, para estudar um retorno ao trabalho, para cozinhar... Foi aí que eu tentei o “pacificador”. E ela aceitou.
E desde então, pudemos curtir um pouco mais os jantares a dois (ops, a três), o café da manhã e até mesmo ter um sono mais tranquilo, uma vez que a chupeta quase sempre chega a adormecer a criança. Mas tudo isso é controlado. Não damos a chupeta em qualquer ocasião. Só nestas horas em que a Abeille está agitada, manhosa e nós realmente precisamos de um tempo para nós mesmos. Além disso, acho que ter esperado um pouco para inserir a chupeta foi fundamental para que pudéssemos estabelecer a amamentação, para que ela ganhasse peso devidamente, para que nós duas pudéssemos estreitar os nossos laços. Eu posso entender melhor se o choro é sono, manha, fome...
Mas não acho justo tampar a boca de uma criança desde o nascimento porque ela chora intermitentemente. Isso pode ser necessidade de colo, de carinho, de peito, de aconchego...

Aliás, aqui em casa, a gente chama a chupeta de tampinha. Tenho plena consciência disso. Por isso, faço uso limitado deste artefato.

3 comentários:

  1. Também acho que a chupeta nos traz muito mais beneficio do que aos nossos bebes.
    E sim é muito difícil não manter esse costume, nos resta o controle.
    Beijos!
    Blog Terapia Feminina
    Fã page do Terapia Feminina

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  2. Oi Opi!
    Fiquei muito feliz com seu comentário lá no Bossa Mãe e passei aqui para conhecer seu blog. Gostei muito e me identifiquei com esse post aqui. Tb acho que chupeta é um recurso mais dos pais, assim como várias outras coisas que usamos...tirei a chupeta do Benjamin muito cedo (ele não tinha nem um ano) e nesse final de semana achamos essa chupeta. Ele olhou e disse "uma chupeta", mas estranhou o fato de existir uma em casa, pois ele nem lembra que usou...rs
    Super beijo

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  3. Só uma coisa: me chamou muito a atenção o nome do seu blog. Adorei de verdade! :)

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