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domingo, 17 de agosto de 2014

O velho truque para a tosse noturna

Da última vez que eu levei Abeille ao pediatra, ela estava gripada com muita, muita secreção. Eu, mãe de primeira viagem e sem muitas referências por perto, não sabia a partir de que ponto deveria me preocupar seriamente com secreções grossas e esverdeadas. Saí de lá com um diagnóstico duvidoso de otite e a receita de um anitbiótico (pra garantir a "suspeita"médica de um "princípio"de infecção).
Mas o que me chamou atenção, foi a quantidade de remédios que ele prescreveu de uma só vez:

O antibiótico (ok, dei porque fiquei preocupada quando ele mencionou 'otite' - sei como pode ser dolorido. Ainda assim, fiquei contrariada, pois não havia sinal de febre na menina)
Rinosoro (ok, para hidratar, até aí vai, mas Abeille odeia, então, fiz duas vezes e só. Beber bastante água também resolve)
Vitamina C (pode ser acerola colhida no pé?)
Antialérgico (eu falei alguma coisa de alergia? O cara da farmácia me disse que era pra aliviar a tosse à noite, mas eu falei que tinha tosse?)
Xarope sintético (ué, antialérgico pra aliviar a tosse, xarope pra aliviar a tosse, eu disse que tinha tosse?)

Isso me fez lembrar o velho truque caseiro para a tosse excessiva. Aquela que deixa a criança (e os pais) passar a noite em claro: O lencinho com álcool no pescoço.
Eu ainda não fiz na Abeille porque ela nunca teve acesso de tosse. Mas percebi que muita gente não conhece esta técnica, que vem lá das antigas. Uma vez eu receitei pra filhinha de um colega que trabalhava comigo. Ele estava exausto e cheio de olheiras pois a menina tossia há dois dias a noite inteira e ninguém dormia. Ele veio me agradecer no dia seguinte, pois nenhum xarope fazia efeito. 
Claro que tosse persistente merece atenção. Mas quando já se descartou a hipótese de afecções mais sérias e trata-se somente de uma gripe comum, não vejo mal nenhum em usar o lencinho.
Meu pai colocava em mim quando eu era criança e eu continuo usando, até no marido. Sempre funciona! 
Trata-se de umedecer um lenço em álcool (de forma que ele fique molhadinho mesmo, cheirando a álcool) e enrolar no pescoço ligeiramente frouxo pra não incomodar na hora de dormir. O lenço logo vai ficando quentinho na temperatura do corpo e o cheirinho de álcool alivia mesmo a tosse. É um paleativo. Ajuda a dormir, mas pode ser que depois de sumir o cheirinho, a tosse volte. Mas isso costuma acalmar a tosse por cerca de 4 horas. 

Voltando ao resultado de nossa visita ao médico: O antibiótico eu ganhei (amostra grátis - do tipo 'se gostar pode comprar de novo') e fiz o tratamento até o último dia, como tem que ser. Soro eu tinha em casa. O resto da receita eu amassei e joguei fora. Com consciência leve. Ela continuou dormindo bem, pois não apresentava nada além de secreção verde escorrendo pelo nariz. E uma semana depois estava espoleta e forte feito um touro.

3 comentários:

  1. Sabe que eu odeio essa coisa de médico não examinar direito e logo ja passa um antibiótico! Mas toma cuidado porque se for dar o antibiótico tem que ser do jeito receitado, não pode parar antes do dia indicado, mesmo se a criança melhorar, porque é assim que criamos bactérias resistentes.
    Beijos,
    Rita

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  2. Ah, isso mesmo, Rita, importantíssima a sua colocação. Começou a dar, vai até o final do tratamento!

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  3. Fiz uma pequena alteração no texto. Realmente, dava a impressão de que fazia pouco caso da continuidade do tratamento com antibióticos, coisa muito séria para publicações.
    Bjs

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