Páginas

domingo, 9 de novembro de 2014

A casa velha

Ontem estive lá no condomínio pra aproveitar com a Abeille os últimos dias de piscina. Descobri que a menina já dá pé na psicininha infantil e inclusive sabe andar sozinha na água, sem a minha ajuda. Aproveitei pra entrar na nossa antiga moradia, para ver como ficou o apartamento depois de pintado e ajeitado. Claro que bateu uma nostalgia previsível de tudo que vivemos naquele cantinho.
Andei pelo apê vazio e limpo que aprecia maior que antes, sem nossas tralhas. Saindo do quarto e entrando na cozinha, recordei quantas vezes fiz este percurso, com a Abeille pequenina, adormecida em seu bercinho. À noite era quando eu a punha no berço e voava para a cozinha, esfomeada de um dia inteiro. Lembrei das madrugadas tirando o excesso de leite com bomba, as vezes que ninei Abeille olhando pela janela, para tentar me distrair com o movimento das folhas. Olhei nossas árvores, Rebeca, Remela, Meleca, Aristela e Manuela, plantadas ainda bebês e regadas incansavelmente a baldes de água e litros de garrafa pet. Pensei no banho reconfortante no míni-banheiro. Lembrei da Abeille aprendendo a firmar as perninhas e descer os degraus da escada agarradinha à minha mão e da torneira lá fora que tanto a seduzia na perspectiva de levar as mãozinhas após as brincadeiras. 
Fiquei pensando que são as coisinhas simples do dia a dia que torneiam nossas vidas. E quis levar esta reflexão para esta etapa de vida na casa nova. Antes de sair, dei uma olhada final com o coração cheio de amor por tantas recordações que irão sempre comigo.

2 comentários:

  1. Ahhh! Que lindo! Mudar dá uma sensação assim em mim também. Desejo muitos momentos simples e felizes pra vocês na nova morada!
    Beijos,
    Rita :)

    ResponderExcluir