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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Califórnia com um bebê (um pouco mais do que passamos)

Aqui vão algumas das nossas experiências pela Califórnia com bebê:

Viajar de madrugada - Abeille dorme bem à noite, então, nosso trabalho em aquietar uma criança de 10 meses num avião foi bem reduzido)
Solicitar com antecedência um assento preferencial – Mesmo em classe econômica, eles nos reservaram a poltrona na primeira fila, com direito a um bercinho que acopla na parede do avião. Salvou nossos braços na ida. Na volta, esquecemos deste detalhe e nos jogaram numa poltrona qualquer.
Levar pouquíssimas coisas – Não me preocupei nem com brinquedos para distraí-la (mas aí depende da idade do seu bebê, tendo em conta que a minha com dez meses, até revista de avião distraía a criança). Pra você ter uma idéia, reduzi tanto que ela molhou a calça com xixi logo no início do voo e eu só tinha mais uma calça extra para vesti-la. Fiquei rezando para que nada mais vazasse até o fim da viagem e acabou dando certo. Ok, não precisa chegar a este extremo! Rsrsrs Mas lembre-se de que com um bebê a gente fica praticamente sem mãos. Sobra para quem estiver junto carregar nossas coisas e mesmo com toda facilidade (transfer, táxi, ajudantes), carregar tranqueira é sempre chato.
Comida mexicana, havaiana, chinesa – A alimentação da Abeille era sempre muito natural e caseira. Portanto, ela recusou as papinhas americanas. O mais difícil em terra de Tio Sam foi encontrar comida fresca e sem condimentos para a menina. Os restaurantes que me salvaram foram justamente estes que citei acima. Tomava cuidado em sempre garantir que a comida pedida (arroz, feijão, legumes fervidos – eu comandava o pedido e pagava o equivalente a um prato “kids”) era no spicy at all. Mostrava a bebê e o pessoal logo se compadecia. Alguns grandes supermercados também tem comida à quilo.
Carregar um bebê que ainda não sabia andar – Se eu pudesse viajar em outro período, certamente teria esperado ela começar a andar. Abeille agora tem um ano e meio e percebo como ela se diverte muito mais e me libera para fazer outras coisas também. No nosso caso, tínhamos que carregar o carrinho sempre e aproveitar todo lugar razoavelmente limpo (livrarias, lojas, museus) para deixá-la um pouco mais à vontade para liberar energia no chão.
Ficar dodói – Já no finalzinho da viagem, após quase dois meses de muito chão, piscina gelada e comida tailandesa (tinha uma sopinha de arroz ligeiramente apimentada que nos salvou algumas vezes), a menina pegou uma virose americana. Eu fiquei muito assutada, sem saber o que fazer, pois era a primeira febre na vida dela (e na minha vida de mãe), não tinha mãe e nem vizinha para me socorrer. Quem me consolava eram as camareiras mexicanas, mães de quatro ou cinco filhos. Ter um plano de saúde internacional foi fundamental. Eu ia ao hospital todos os dias, saber se os sintomas todos que ela apresentava eram normais. O atendimento médico e farmacêutico foi semelhante ao Brasil. Mas isso aconteceu no final da viagem, quando tínhamos reservado alguns programinhas de compras e outros eventos. Você tem que levar em conta que viajar com um bebê tem dessas coisas, a gente planeja um roteiro, mas de repente tem que abrir mão de um monte de atrações para talvez ficar num quarto de hotel. Ou voltar mais cedo para casa, mesmo morrendo de vontade de conhecer aquela rua badalada.
Viajar menos, curtir mais – Se eu soubesse, teria encurtado as viagens de carro (fomos de Los Angeles a San Francisco e depois de volta de San Francisco até San Diego, incluindo uma ida a Santa Barbara depois que já estávamos estabelecidos em San Diego). Foi muito tempo dentro do carro, para quem estava com um bebê. O ideal é reduzir a quantidade de destinos e aumentar a quantidade de dias a permanecer em cada um destes lugares.
E lembre-se, as viagens são enriquecedoras para os bebês também. Mostre o mundo à sua criança. Abeille voltou falando meia dúzia de palavras em inglês.



Um comentário:

  1. Adorei! É isso aí, viajar com bebês é massa sim! Eu acabei de viajar pro Brasil com a Liana e daqui a uns dias estamos indo pro Arizona. A dica de viajar menos e curtir mais cada lugar é essencial. Bom saber que você gostou do bercinho. Alguém me disse que não valia a pena, então não solicitei pra Liana. Ela ficou dormindo no colo mesmo. Mas na próxima viagem longa vou querer usar.
    Beijos,
    Rita

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